No dia de ontem eu queria estar em Paris (ok, confesso: não apenas ontem). Chanel, provocativa desde sua formação original, apresentou sua coleção para a primavera-verão de 2014. E o que pude ver através do enquadramento das muitas fotos divulgadas foi: arte contemporânea, audaciosa, pop e divertida. A começar pelo convite:
Uma tela para quadros mostra o seu lado avesso: os convidados já podiam antever Algo novo lhes esperava.
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| Convite Chanel : tela para quadros |
Ao chegarem ao Grand Palais imagino que o espanto tenha tornado a respiração de todos mais ofegante.
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| Grand Palais Paris |
Dezenas de obras de arte foram espalhadas pelas paredes e pelo chão.
Logomarca e demais ícones da Chanel foram reinterpretados por Lagerfeld em novos materiais, texturas, cores e propostas.
Símbolos gigante, correntes, pérolas imensas, bolsas, a textura típica da Chanel...reforçando a marca e seus significados.
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| Pista do desfile Chanel primavera verão 2014 |
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| Texturas Chanel renovadas / reinterpretadas em novas cores |
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| Colares com pérolas imensas, braceletes iguais em cada pulso. As correntes e texturas revisitadas. |
O tradicional preto e branco com as famosas pérolas Chanel. Azul marinho para o verão:
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| Colares imensos de pérolas Chanel. P&B, franja e o corte de cabelo com as pontas desfiadas. |
Rosa chiclete e rendas e o toque a mais de ousadia: meias com o sapato bicolor.
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| Detalhes da proposta Chanel para a primavera verão 2014 |
Ok, mas onde está o tema do Village Beauté? Aqui: até o design do frasco do Perfume mais famoso da marca, o número 5, ganhou arte. Extremamente significativo ter sido o perfume o escolhido para ceder sua imagem/forma a um robô. Afinal as vendas do Chanel 5 sustentaram economicamente a marca por alguns anos.
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| Robô do perfume Chanel 5 - desfile primavera verão 2014. |
Chanel 5, o perfume: imenso e "eterno" nos simbolismos que posso interpretar pela textura marmorizada e enterrada ao chão do tradicional "palácio".
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| Frasco imenso, marmorizado e enterrado do Perfume Chanel 5. |
Mais uma vez Chanel 5 sendo homenageado pela marca: dezenas de frascos em tela formando uma "textura" mediante o jogo de luz e sombra.
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| Vic Ceridono, Editora da Vogue Brasil, em frente ao belo quadro Chanel 5 |
Por fim ele, o atual responsável por manter a tradição Chanel sem perder de vista os novos (possíveis) clientes. Ao meu ver mais uma vez ele conseguiu conciliar tradição e contemporaneidade. Afinal a própria Coco Chanel se estivesse viva estaria mais atenta ao hoje, quiçá, ao futuro.
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| Karl Lagerfeld encerrando o desfile Chanel primavera verão 2014. |
Para quê tanta provocação com toque lúdico? Para quê tornar-nos expectadores quase infantis diante da imensidão dos ícones? Pensei... e ao ler a entrevista do alemão, imagino ter compreendido sua intenção:
"Parte do mundo é deprimente, mas há também uma parte do mundo onde as pessoas são muito felizes" (...) "Se você está em um período deprimente, é melhor você usar algo alegre (sim) do que algo ainda mais deprimente, porque você vai se tornar ainda mais deprimido." Karl Lagerfeld.
Bom, pelo visto Chanel quer espantar alguns traços de sisudez e deseja: brincar ! ;)
Fontes das imagens:
Chanel é único, sem palavras.
ResponderExcluirSempre surpreendendo, não é Emilie?
ExcluirOi minha "professora perfumada" favorita!!! Haha....desce já daí de cima, heim??? Não é para flutuar demais com tantos elogios carinhosos......
ResponderExcluirBom, de verdade, achei meio bizarro o desfile, é claro que eu provavelmente não usaria essas roupas, muito menos meia colegial grossa com sapato de salto....estranho demais!
Mas já pensou um perfume Chanel nr. 5 desse tamanho do robô??? Perfume para levar à eternidade, rsrs. E a Vic no país dos melhores perfumes, dos desfiles glamourosos e tudo mais, é para quem pode, não é mesmo?
Beijo querida, post para sentirmos lá = "país das maravilhas perfumadas"!
Malú
Não sou da área da moda, mas creio que estes desfiles têm um apelo mais conceitual - transmitir/construir valores. Tudo pode ser resumido/sintetizado para o uso no cotidiano. A idéia da ousadia e do diálogo com a arte foi impactante, não achaste? bj
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